Páginas

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Os bebés podem e eu não?!


Ora viva, caríssimo leitor! Folgo em vê-lo por estas bandas; o que é que anda a fazer por aqui – a passear? Faz bem; se bem que este não é o sítio mais adequado para o fazer – se eu fosse a si, fugia enquanto era tempo (depois não diga que eu não o avisei).

Bom: o tema sobre o qual me vou debater hoje envolve bebés e chichi, maioritariamente – se quiser sair daqui, ainda vai a tempo: estou a dar-lhe essa oportunidade.

Ainda aqui está? Bom, já que decidiu não arredar pé, vamos a isto.

Eu – este ser humano com dúvidas existenciais permanentes – não entendo o que é que eles (os bebés) têm que eu não tenho; é por serem fofinhos e gordinhos? E agora o simpático leitor pergunta: “ora essa, então porquê essa questão?”; e eu, claro está, explico (nunca perco uma boa oportunidade de instruir alguém sobre os meus pontos de vista – por norma: eles são de qualidade).

Ainda no outro dia (à noite) estava no meu quarto, quando surge uma súbita vontade de fazer chichi (eu até utilizava o termo “urinar”, mas estamos entre família, não há necessidade para a utilização de termos demasiado técnicos – não se arme em fino); ora, acontece que estava a dar um filme interessantíssimo na televisão; não me apetecia nada perder cinco ou seis minutos numa deslocação desnecessária à casa-de-banho – também conhecida como “retrete”, para alguns – (que desperdício de tempo). Mas que remédio tinha eu?

Fazer chichi na cama não é considerado algo aceitável; quer dizer... pelo menos para mim – já os bebés têm regalias que eu não tenho! E, agora, eu torno a pôr a seguinte questão: o que é que eles têm que eu não tenho?!

O bebé pode babar-se, pode fazer chichi onde lhe apetecer, pode bater em quem quiser (aliás: até há quem considere este ato um motivo para uma boa risada – já se fosse eu a bater na minha mãe, levava uma galheta em três tempos), pode estragar os brinquedos que lhe dão, roer as coisas, fazer gritarias... Pode fazer tudo: e é tratado como um rei!

Ora: onde é que está a democracia no meio de tudo isto?! E ainda dizem que vivemos num país democrático; eu exijo igualdade de direitos!

Se quiserem, eu posso engordar, passar a usar fralda, chupeta e babeiro; mas deixem-me usufruir do direito de me babar, de fazer chichi na cama, de bater em quem quero e bem me apetece e de estragar a mobília quando assim o entender. Grata pelos minutos de vida que perdeu a ler isto; continuação de um resto de bom dia.

2 comentários:

  1. Ahahahahahahah! Adorava ver-te andar na rua a: usar fralda (e esta repassar), chupeta e babeiro; babares-te,fazer chichi na cama, a bater em quem querias, (esta parte também queria), havia de ser giro,

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. "Giro" não é a palavra mais adequada, Anabela. Eu diria que seria uma imagem imensamente "perturbante", isso sim! Qualquer pessoa que me visse nessas figuras, nunca mais conseguiria dormir à noite, aposto. Ehehe! :)

      Eliminar