Esta
semana inaugurei na minha vida uma nova etapa – dei início à arte de
ler jornais e ver notícias. Não me interpretem mal: a minha relação com
os livros de banda desenhada e com os desenhos animados do Disney Channel
era (é) perfeita mas, ao que parece, não socialmente aceite. “Pá, já
não tens idade”, dizem eles. Fui – caros leitores – vítima de peer pressure (os estrangeirismos dão-me um ar intelectual, eu sei).
E agora é isto: estou há duas horas a tentar descodificar o que caraças são as SWAPS. Vou supor que é uma espécie de SWAG (termo
frequentemente usado pela criançada), mas adaptado aos políticos. Só
porque as siglas se assemelham. A definição mais correta, a meu ver – no
dicionário português –, seria: SWAPS (nome): políticos que usufruem
de bonés e vestuário específico que lhes confere estilo e aceitamento
social, dentro da espécie. E agora acrescentava um yó! no fim desta definição repleta de conhecimento científico, para demarcar a rebeldia do termo. É isto que são as SWAPS, não é?
Noutros
assuntos, deparei-me com uma notícia sobre uma tal de Cristina Espírito
Santo que alegadamente disse que as suas férias na Comporta são como
"brincar aos pobrezinhos". Hoje à noite vou adormecer a pensar como
brincaria aos pobrezinhos se me saísse o Euromilhões. Entretanto,
à semelhança desta senhora, sugiro que brinquemos… aos riquinhos. Que
isto de brincar aos pobrezinhos todos os dias já cansa, e há que variar.
Li
também um artigo que dizia que a urina pode servir para carregar a
bateria dos telemóveis. Não podia ter adquirido este conhecimento em
melhor altura – a bateria do meu telemóvel está a dar as últimas. Ora,
então: vou ali urinar para cima do meu equipamento eletrónico e já
volto.
Ainda
relacionado com a urina, num outro artigo, lia que os cientistas
chineses estão a criar dentes feitos de urina humana. Ora: com
telemóveis carregados com urina, e próteses dentárias feitas com os
componentes da mesma, porque não mudarmo-nos todos para a Urinólândia?
Poderemos erguer estátuas ao Deus da Urina e criar templos para louvar o
mesmo. Visitantes de todo o mundo viriam contemplar as nossas famosas
lagoas de urina, conhecidas pelos seus poderes curativos. Exportaríamos
garrafões de urina para os países, universos e galáxias mais longínquas.
E PODERÍAMOS DOMINAR O MUNDO…! Ou se calhar não. Provavelmente não. O
mais certo é que não. Pronto, NÃO!
Estou
a começar a desenvolver a teoria de que os jornalistas andam a beber
demasiada água. Bem sei que está calor, mas por favor acalmem-se. Deem
um descanso aos vossos rins – afinal de contas, eles merecem. Duas
notícias distintas sobre urina, no mesmo dia, é abuso.
Por hoje é tudo. Aguardo ansiosamente as mensagens ameaçadoras com desejos de que regresse às bandas desenhadas e ao Disney Channel, e deixe os jornais e as notícias para quem realmente percebe da coisa. Pelas minhas estimativas: não deverá tardar.
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