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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

É Natal, é Natal...

Hoje começaram as arrumações natalícias. Esta costumava ser uma época feliz para mim, mas tornou-se deprimente no dia em que arruinaram a minha infância e me disseram que o Pai Natal não existia (spoiler alert, crianças que lêem este Blog e não deviam). Sempre quis acreditar que um velho gordo de barbas descia pela minha chaminé, durante a madrugada do dia 25, e me deixava prendinhas, porque eu tinha sido uma menina bem comportada durante o ano. Não estão bem a ver a dimensão do problema... É que isto quer dizer que andei a comportar-me bem para nada! E a escrever cartas de 5 páginas e meia todos os anos (sim, este problema já não é de agora) para ninguém ler. A partir do momento em que me ensinaram a escrever, foi a loucura. No primeiro ano, lembro-me que escrevi uma página inteira ao Pai Natal. E eu era uma miúda extremamente simpática, na altura. Fazia sempre questão de perguntar se estava tudo bem com ele, com a Mãe Natal, com as renas e com os duendes. E ainda pedia comida para os meninos com fome e roupinha para as pessoas que estão a passar frio. Era ou não era uma criança adorável e fofinha? Era pois.

Agora o Natal já não tem a mesma piada. Tenho saudades dos tempos em que escrevia testamentos endereçados a uma qualquer residência mágica no Pólo Norte e em que deixava bolachas com pepitas de chocolate e leite com chocolate quentinho para o Pai Natal, na mesa da cozinha. O irónico é que a comida desaparecia sempre! Ou seja: alguém se andou a alimentar às minhas custas durante anos a fio. E a enganar uma pobre criança. Isso não se faz.

Mas, desilusões à parte, há uma coisa que me irrita profundamente nestas arrumações de Natal: encontrar bombons fora de prazo. A minha mãe tem a mania irritante de esconder bombons para "nós" (residentes desta casa) não comermos aquilo tudo. Até parece! Mas bem, ela esconde-os e depois esquece-se que eles existem. Aí é que está o problema. Hoje encontrei três caixas de Ferrero Rocher, uma caixa de Mon Cherri, outra de Merci, mais uma de bombons Toronto, e ainda uma de Ferrero Noir. Fora as que ainda estão por descobrir!

E depois queixam-se da crise e dos meninos a morrer à fome e mais não sei quê... Eu podia ter comido aqueles bombons! E DEVIA! Bolas, mãe. Não te perdoo. Ainda assim, comi uns quantos, apesar de já não estarem bons desde Março deste ano. Se eu morrer, já sabem qual foi o potencial causador da minha morte. Ao menos morro feliz.

Outra coisa que me irrita nestas arrumações natalícias, é o facto de termos de arrumar. Essa é a parte chata. De resto, não tenho nada contra as arrumações de Natal. Bom... É isso e o pó. Estou confiante de que o meu nariz também terá uma espécie de menopausa, um dia destes, em que deixará de produzir ranho. Se o fluxo menstrual pára numa determinada idade, então porque é que o mesmo não acontece com o ranho? Ó Criador! Estás a descriminar o meu nariz, é? O que é ele tem de mal, ãn?! Vá, acaba lá com esta coisa das alergias. A brincadeirinha já perdeu a piada há muito tempo, sim? Ou vou ter que ir aí acima ter uma "conversinha" contigo?! É bom que estejamos esclarecidos. Fico à espera de uma declaração de amizade por parte das minhas alergias. Ou então uma ranhocapausa antecipada. De preferência já para a semana que vem, pode ser?

Por hoje é tudo. Agora vou ouvir o Santa Claus is Coming to Town e chorar, agarrada à minha almofada cor-de-rosa, porque tenho saudades do velho gordo de barbas brancas que em tempos já existiu.


E sim: é o Michael Bublé. O que é que tem? É um gajo jeitoso. E canta bem. Pronto, é só. Adeus.

2 comentários:

  1. Só tu Casmacho!!!
    Ahahahahah o Natal também nunca mais foi o mesmo para mim desde que descobri que o Pai Natal não existia e o pior mesmo foi a forma como eu descobri que ele não existia... Estava eu lá a escolher a pantufa para pôr na árvore de Natal (devia ser dia 20 XD), já tinha escrito a carta, já a tinha enviado e estava toda contente quando a minha avó chega ao meu pé e diz "já tens idade de saber que o Pai Natal não existe", eu fiquei do género "o quê?" e chorei a tarde toda ahahahah não se destrói assim com os sonhos de uma criança xD
    coitadas de nós, duas Joanas com os sonhos arruinados ahahah

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    1. "Casmacho"?! Aprende a escrever o meu nome direito, Jardim!

      Sim. A minha descoberta deu-se quando vi a minha avó a comer as bolachas e o leite que eu tinha deixado para o Pai Natal... Foi aí que arruinaram os meus sonhos de infância. RIP infância feliz. :(

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