tag:blogger.com,1999:blog-67807488513879074822024-03-13T15:28:28.142+00:00Um Fenómeno Inexplicávele razoavelmente estúpido.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.comBlogger53125tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-47300806962806928782013-09-23T20:00:00.000+01:002014-06-25T02:29:24.455+01:00A complexidade do verbo viajar<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<i>¡Hola! ¿Qué tal? </i>Peço
desculpa se ao longo deste texto se depararem com termos espanhóis mas,
como boa portuguesa que sou, se vou uma semana de férias a um país em
que a língua é diferente, volto a falar de forma estranha. Após duas
semanas de merecido descanso, estou de volta, para importunar as vossas
segundas-feiras (que por si sós já eram más o suficiente). Espero que
ainda me reconheçam, apesar do bronzeado e do escaldão que apanhei na
cara. Para os que ainda estão com dúvidas: Joana Camacho, prazer!</div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
Há
coisas que nunca hei-de compreender, nesta conversa das viagens. Por
exemplo, porque é que, quando saímos de casa, as coisas cabem todas na
mala e, quando voltamos, já não acontece o mesmo? Falo por mim; tive de
fazer inúmeras acrobacias em cima da minha mala, para conseguir que ela
fechasse. E, falando ainda de malas, alguém me pode explicar porque é
que, na altura de as receber, há sempre alguém que leva a minha mala por
engano, afirmando que “ah e tal a minha é igualzinha”? Depois lá tenho
eu de andar feita parva a correr pelo aeroporto, atrás do carrinho do
larápio que cometeu o delito.</div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
E
os aviões? Há várias coisas para as quais não consigo encontrar
qualquer explicação. A primeira é: para quê todas aquelas instruções
sobre as saídas de emergência e o uso dos coletes e das máscaras de
oxigénio? Toda a gente sabe que, em caso de emergência, o comportamento a
adotar passa por gritar como uma menina e começar a correr. É tão
simples quanto isso. Não seria tão mais agradável ouvir as hospedeiras
de bordo a indicarem-nos esse procedimento? E poupava-se imenso tempo!</div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
Noutros
assuntos: não sei se já passaram pela trágica experiência de comer
aquilo que servem no avião. A minha pergunta é relativamente simples.
Aquele pão com omelete tem quantas semanas? Deixo a pergunta no ar. E –
ainda falando de aviões – gostava mesmo muito de entender o porquê de
baterem palmas quando o avião aterra. É que até parece que não era
suposto!</div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<i>–
Oh! E não é que afinal aterrámos em segurança? Eu teria ficado feliz se
nos tivéssemos despenhado quando passámos pela ilha de La Gomera, mas
pronto. Isto também foi bom. Não estava nada à espera, pá. Seu piloto
maroto!</i></div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
Então?
Era suposto o piloto não conseguir aterrar o avião, é? Não entendo as
palmas. Quando andam de táxi, também batem palmas ao motorista? É que,
caso a resposta seja negativa, isto soa-me a discriminação. Queria aqui
deixar uma sugestão aos meus amigos do Bloco de Esquerda. Para quando
uma lei que obrigue esta malta, que bate palmas quando o avião aterra, a
bater palmas quando se deslocam num outro qualquer transporte público?
Parece-me uma medida urgente; fico a aguardar a implementação desta lei.
Agora sim, terminei. Venham daí essas palmas.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-76963915104686642172013-09-02T23:10:00.003+01:002014-06-25T03:29:56.529+01:00Professora, a Paula Neves disse uma palavra feia!<div style="text-align: justify;">
Sábado foi dia de <i>derby</i> entre Sporting e Benfica. Vários foram os acontecimentos que marcaram este <i>derby</i>:
46.109 espetadores no estádio de Alvalade; resultado final de 1-1,
tendo Montero marcado para os leões e Markovic para as águias. Foi um
jogo memorável. À primeira vista, estes seriam os factos marcantes
daquele tão aguardado confronto mas, à vista dos utilizadores das redes
sociais, as coisas não são bem assim. O importante é que a atriz Paula
Neves chamou o Maxi – jogador do Benfica – de filho da puta. Isso é que é
importante reter, está bem? Tomem nota.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em poucos minutos, a Paula Neves foi <i>trending topic</i> no <i>Twitter</i>,
onde se podiam ler insultos, comentários de malta indignada, meia dúzia
de lambe-botas, e mensagens de um senhor que andava à procura da gata.
Portugal é um país de virgens ofendidas, isso não é novidade para
ninguém. Mas, se ficam escandalizados com o facto de a Paula Neves ter
chamado o Maxi de filho da puta, haviam de ouvir o que os meus vizinhos
chamam ao árbitro, de cada vez que o Porto joga. Eles sim mereciam estar
nos <i>trending topics </i>do<i> Twitter</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao analisar os comentários sobre o
assunto, senti-me de volta à primária. Há sempre aquela criancinha
ranhosa que faz queixinhas à professora. Aconteceu comigo, há uns anos
atrás, e acontece agora, com a Paula Neves.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>– Ó professora, a Paula disse uma palavra feia!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora resta-nos mandar a Paulinha para o
canto da sala, de castigo, virada para a parede. E, para termos a
certeza de que esta situação não se repete, vamos mandar um recado ao
Encarregado de Educação da Paula. Pode ser que a mandem de castigo para o
quarto, sem jantar. Aposto que isso – sim – faria dos portugueses
pessoas consideravelmente felizes. Menos mal que ninguém me ouviu a
chamar de filho da puta ao senhor de idade que me apatanhou o pé
esquerdo e nem se dignou a pedir-me desculpas, senão, por esta altura,
estaria eu a ser apedrejada em praça pública.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sugiro que sejam erguidos templos às
pessoas que afirmam que Paula Neves desceu na consideração que tinham
por ela. Qualquer pessoa que nunca tenha chamado alguém de filho da
puta, merece que lhe seja erguido um altar! Sugiro até uma possível
elevação a santidade. O engraçado é vê-los a criticarem a senhora por
ter usado uma palavra feia e – no entanto – dizerem que ela é uma “merda
de criatura” por o ter feito. Está certo; e assim se ensina a todo um
povo que é feio dizer palavrões. Chamemos quem os diz de “merda de
criaturas” e está o assunto resolvido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após apreendida a lição de hoje, vou em
busca de mais lições de moral nas redes sociais. Com sorte, ainda fazem
de mim boa pessoa.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-12334061887877203332013-08-23T14:00:00.001+01:002014-06-25T03:30:11.953+01:00Haverá morte depois da vida?<div style="text-align: justify;">
Respondendo à pergunta que é
título desta crónica: eu não queria estar aqui a lançar boatos, mas estou
bastante confiante que sim.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tendo como base a minha
experiência de vida (sempre fui fã de filmes de terror), o que me diz a mim que
a senhora idosa que vive aqui ao lado não é uma assassina em série contratada
especificamente para me matar? Só espero não me assustar quando chegar ao meu
quarto, ligar a luz e vir a minha vizinha idosa a apontar-me uma faca. É que a
velha sofre de incontinência urinária, e depois é uma maçada para lavar os
tapetes. Se a minha vizinha me estiver a ler, peço-lhe por favor que, se
hipoteticamente me pretender assassinar, o faça na minha cozinha, porque o chão
é em azulejo. Desde já agradeço a sua consideração.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apelando uma vez mais à minha
experiência de vida: as pessoas têm reações muito estranhas, quando
confrontadas com a morte. As pessoas nos filmes de terror, por exemplo. Há
sempre aquela rapariga que ouve um barulho na cozinha e grita: “Está aí
alguém?” Sim, porque o assassino lhes vai claramente responder: “Sim, estou na
cozinha. Queres tomar alguma coisa, ou posso já despachar o assunto e
esfaquear-te múltiplas vezes no abdómen?”</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Honestamente, acho que deviam
escolher pessoas mais inteligentes para participarem em filmes de terror. Eu,
por exemplo. Não tenho um QI extraordinário, mas não sou parva ao ponto de
entrar em casas abandonadas, caves ou compartimentos suspeitos, quando oiço
barulhos estranhos. É um grande disparate, meus senhores. Não façam isso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se em algum futuro longínquo eu
me tornar milionária, que fique bem claro que haverá morte depois da vida para
o indivíduo que se atrever a contar seja o que for à Judite de Sousa. Só queria
deixar isso bem claro.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Toda a gente conhece – ou pelo
menos já ouviu falar – daquela espécie que fala com Deus quando tem algum amigo
ou familiar doente, ou às portas da morte. Acho isso muito bonito. Eu não
acredito em Deus. Se ao menos ele me enviasse um sinal… como o de encher o meu
quarto de chocolates <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Toblerone </i>e pôr
uma máquina de algodão-doce na minha casa de banho, por exemplo. Isso faria de
mim uma pessoa particularmente crente. E, quem sabe, um dia encontrar-me-iam
por aí a rezar com excecional fervor pelo meu falecido periquito. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Verifico agora que se me acabaram
os pacotes de lenços. Desespero. Vou correr até à tabacaria, esperando não
escorregar em iogurte líquido, tropeçar no gato da senhora Ermelinda, ou ser
confrontada com uma qualquer situação que vá provocar a minha morte precoce. Ao
menos deixem-me assoar o nariz antes de falecer. Uma pessoa morta não é bonita
de se ver, mas uma pessoa morta com ranho no nariz é uma imagem particularmente
desagradável.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-40405527644470955132013-08-15T22:00:00.000+01:002014-06-25T14:24:06.022+01:00Proibiram-me de ler jornais<div style="text-align: justify;">
<!--[if gte mso 9]><xml>
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<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]-->A verdade, senhoras e senhores, é
que já me arrependi deste meu novo estilo de vida – ler jornais definitivamente
não é para mim. Os meus próprios pais proibiram-me de o fazer, no dia em que
quase inundava a casa, após ter lido uma notícia que dizia que a Sandra Oh ia
abandonar o elenco de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Anatomia de Grey</i>.
Não sei se vocês têm por hábito acompanhar a série mas, como fiel espetadora
que sou, acho um autêntico ultraje termos de nos despedir da Cristina Yang, ao
fim de 9 temporadas. 194 episódios, bolas! Vou para a banheira chorar ao som de
violinos e música fúnebre e volto já.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Adiante: ouviram falar naquele
peixe que ataca a “virilidade masculina”? Não sei se já viram a fotografia do
dito cujo mas – que diabo! – o bicho tem uma dentição melhor que a minha. Quando
a vocês, homens, não sei; mas eu não punha os pés (nem os testículos, pronto)
na praia tão cedo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Li uma notícia cujo título era: “Mosquito
pode ficar com maioria da Soares da Costa”. Pelo que andei a investigar, a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Soares da Costa</i> é uma construtora. Com
certeza têm muito dinheiro, não é? Então expliquem-me: como é que não conseguem
lidar com um mosquito? Ou meia dúzia deles, vá. Eu conheço um exterminador que
é muito bom e que faz preços razoáveis. Se precisarem de um contacto
telefónico, é só dizer, está bem? Estou aqui para ajudar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma outra notícia dizia que o
Departamento da Policia de Detroit tinha divulgado o tamanho dos sutiãs das
agentes do sexo feminino. Ora, menos mal que foi só das agentes do sexo
feminino. Se também tivessem divulgado o tamanho dos sutiãs dos agentes do sexo
masculino, a coisa era capaz de ser mais grave.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E alguém é capaz de me explicar
para que raios me interessa saber que a Jennifer Aniston mudou de voo para
evitar a Angelina Jolie? Pá, eu ontem mudei de passeio para evitar a minha
professora de História do terceiro ciclo, e não vi essa notícia na capa do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Semanário SOL</i>. Achei ofensivo. A
igualdade de direitos, onde é que anda?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Falando em professores de
História: que conversa é essa de a Merkel ter dado uma aula de História sobre o
muro de Berlim? A avaliar pela forma física da senhora, sempre achei que BOLAS
de berlim fossem o seu tópico de eleição. E aposto que qualquer aluno estaria
bem mais interessado em assistir a uma aula de Culinária, ao invés de aprender
coisas sobre um muro. Digo eu. Senhora Merkel, para a próxima pondere a ideia; obrigada.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-47721467587763758602013-08-08T22:00:00.000+01:002014-06-25T14:24:21.705+01:00Daqui a três meses peço equivalência a Jornalismo<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
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</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]-->Diverti-me tanto a comentar as
notícias da semana passada, que resolvi abusar da sorte e repetir a proeza uma
vez mais. Se continuar a consumir jornais a este ritmo, penso que dentro de
três meses poderei pedir equivalência a Jornalismo. Talvez menos, se a pena me
for reduzida por bom comportamento. (A minha irmã é advogada, eu sei como é que
estas coisas funcionam.) Bom, permitam-me só que ajeite a gravata. E – pronto –
vamos a isto.<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diário de Notícias</i> li uma manchete que dizia que o Papa pagou
"religiosamente" as quotas do clube San Lorenzo. Não li a notícia na
íntegra (notícias sobre religião afligem-me) mas, pelo que vejo, a expressão "deus
te pague" finalmente deu lucro. Tenho esperanças de que, lá para o final
da semana que vem, poderei ler no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diário
de Notícias </i>algo como: "Papa paga ‘religiosamente’ dívidas em atraso a
Joana Camacho". A avaliar pela quantidade de vezes que já ouvi a expressão
"deus te pague", tenho em crer que o Vaticano vai à falência quando
pagar tudo o que me deve.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sendo também eu madeirense, não
podia deixar de referir o facto de Alberto João Jardim ter rasgado as páginas
de uma edição do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diário de Notícias</i> da
Madeira, na passada sexta-feira. Das duas, uma: ou o senhor Alberto João Jardim
gosta tanto de jornais como eu; ou então revoltou-se com a possível ausência de
papel higiénico na casa de banho do Madeira Tecnopolo e manifestou-se numa
espécie de movimento
se-te-usassem-para-limpar-o-rabo-ao-menos-servias-de-alguma-coisa. Para efeitos
de entretenimento próprio, vou acreditar na segunda hipótese.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Passando da Madeira para o
Mediterrâneo, uma notícia diz que Lili Caneças foi roubada em Barcelona. Lili
diz-se muito chorosa por ter perdido a sua mala <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Louis Vuitton</i>, as suas joias, os óculos da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Gucci</i>, da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Prada</i> e da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ray-Ban</i>, os documentos, os cartões de
crédito e o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">iPhone</i>. Devo confessar
que esta notícia me deixou deveras transtornada. Pobre Lili. Queria, aqui, deixar
um pedido, a todas as pessoas que me leem. Vamos apoiar esta causa. Juntem as
latinhas de atum de conserva, as embalagens de milho doce e os pacotes de
esparguete da marca <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Continente</i>. Não
queremos que a nossa querida Lili passe fome. Sejam solidários! As minhas rezas
de hoje à noite serão dirigidas à mala <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Louis
Vuitton</i> de Lili, que estará – provavelmente – nas mãos de um assaltante que
não toma banho há mais de dois meses e não lava as mãos depois de ir à casa de
banho.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para finalizar, uma outra notícia
dizia que trabalhar alcoolizado até pode melhorar a produtividade, segundo os
juízes. Eu sempre desconfiei que sim. Agora vou ali beber desenfreadamente,
para depois ir dançar a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Macarena</i>
completamente nua, ao pé da máquina de fotocópias. Aproveito e, pelo caminho,
ensino uma centopeia a dar a pata. E, já agora, atiro um agrafador à cabeça do
senhor careca que me está a perguntar onde fica a casa de banho. Sem dúvida, um
aumento abrupto na produtividade de qualquer estabelecimento. E é tudo. Para a
semana há mais.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-22359329699520199562013-08-01T22:15:00.000+01:002014-06-25T14:24:35.016+01:00Mais uma criança a falar do que não sabe<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
Esta
semana inaugurei na minha vida uma nova etapa – dei início à arte de
ler jornais e ver notícias. Não me interpretem mal: a minha relação com
os livros de banda desenhada e com os desenhos animados do <i>Disney Channel</i>
era (é) perfeita mas, ao que parece, não socialmente aceite. “Pá, já
não tens idade”, dizem eles. Fui – caros leitores – vítima de <i>peer pressure</i> (os estrangeirismos dão-me um ar intelectual, eu sei).</div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
E agora é isto: estou há duas horas a tentar descodificar o que caraças são as <i>SWAPS</i>. Vou supor que é uma espécie de <i>SWAG </i>(termo
frequentemente usado pela criançada), mas adaptado aos políticos. Só
porque as siglas se assemelham. A definição mais correta, a meu ver – no
dicionário português –, seria: <i>SWAPS (nome): políticos que usufruem
de bonés e vestuário específico que lhes confere estilo e aceitamento
social, dentro da espécie.</i> E agora acrescentava um <i>yó!</i> no fim desta definição repleta de conhecimento científico, para demarcar a rebeldia do termo. É isto que são as <i>SWAPS</i>, não é?</div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
Noutros
assuntos, deparei-me com uma notícia sobre uma tal de Cristina Espírito
Santo que alegadamente disse que as suas férias na Comporta são como
"brincar aos pobrezinhos". Hoje à noite vou adormecer a pensar como
brincaria aos pobrezinhos se me saísse o <i>Euromilhões</i>. Entretanto,
à semelhança desta senhora, sugiro que brinquemos… aos riquinhos. Que
isto de brincar aos pobrezinhos todos os dias já cansa, e há que variar.</div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
Li
também um artigo que dizia que a urina pode servir para carregar a
bateria dos telemóveis. Não podia ter adquirido este conhecimento em
melhor altura – a bateria do meu telemóvel está a dar as últimas. Ora,
então: vou ali urinar para cima do meu equipamento eletrónico e já
volto.</div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
Ainda
relacionado com a urina, num outro artigo, lia que os cientistas
chineses estão a criar dentes feitos de urina humana. Ora: com
telemóveis carregados com urina, e próteses dentárias feitas com os
componentes da mesma, porque não mudarmo-nos todos para a <i>Urinólândia</i>?
Poderemos erguer estátuas ao Deus da Urina e criar templos para louvar o
mesmo. Visitantes de todo o mundo viriam contemplar as nossas famosas
lagoas de urina, conhecidas pelos seus poderes curativos. Exportaríamos
garrafões de urina para os países, universos e galáxias mais longínquas.
E PODERÍAMOS DOMINAR O MUNDO…! Ou se calhar não. Provavelmente não. O
mais certo é que não. Pronto, NÃO!</div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
Estou
a começar a desenvolver a teoria de que os jornalistas andam a beber
demasiada água. Bem sei que está calor, mas por favor acalmem-se. Deem
um descanso aos vossos rins – afinal de contas, eles merecem. Duas
notícias distintas sobre urina, no mesmo dia, é abuso.</div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-mce-style="text-align: justify;" style="text-align: justify;">
Por hoje é tudo. Aguardo ansiosamente as mensagens ameaçadoras com desejos de que regresse às bandas desenhadas e ao <i>Disney Channel</i>, e deixe os jornais e as notícias para quem realmente percebe da coisa. Pelas minhas estimativas: não deverá tardar.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-45552103705283095262013-07-25T22:06:00.000+01:002014-06-25T14:24:47.946+01:00Um bebé real e o Lobo Mau<div style="text-align: justify;">
Gostava de ter uma conversa séria convosco, mas tenho duas questões a
colocar, antes de mais. Primeiro: quando estamos a falar com alguém, o
protocolo diz que devemos olhar para os olhos ou para a boca da pessoa? É
uma dúvida que sempre tive. E, segundo: que história é essa de conversa
séria? É comestível?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, sei que não me viram na semana passada,
mas andei atarefada a limpar o pó da casa, queiram-me desculpar. Como
assim, ninguém reparou? Não, não – não levo a mal, ora essa. Mas, já
agora, alguém é capaz de me explicar que atração estranha é esta, entre o
pó e os cantos? Claramente há ali um clima estranho. É notório o afeto
que o pó sente pelos cantos, mas… eu agradecia que os relacionamentos do
pó não interferissem na sua vida profissional. Para além do mais,
aleija-me a coluna.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta semana só oiço falar em “<i>blá blá blá</i> o bebé dos não-sei-quê-reais nasceu” e “<i>blá blá blá</i>
ele é tão lindo”. Agradecia que parassem. Ele não é lindo. Faz chichi
na cama. Usa fraldas. Chora e faz barulho durante a noite – grita!
Baba-se. E chamam a isto de lindo? Queria ver se fosse eu a fazer estas
coisas. Iam chamar-me de linda? Igualdade de direitos, senhoras e
senhores! A mim, aposto que me iam chamar de babada, ranhosa, anormal e
“mijada”. Mas – ui! – estamos aqui a falar de um bebé real e ele é
lindo, claro. Ora: tenham dó!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E falando em <i>dó</i> (alusão a: <i>dó ré mi fá sol</i>), que vos parece se eu lançar um <i>CD</i>
de inéditos, no mês que vem? Se canto bem? Não. Canto terrivelmente
mal. Mal ao ponto de quebrar vidros e deixar pobres animaizinhos sem
vida. Mas, pela minha análise de mercado, cantar bem – hoje em dia – não
é um dos pré-requisitos para se fazer músicas de sucesso! Pensei em
criar uma canção acerca dos benefícios do papel higiénico de folha
dupla. Aposto que seria um sucesso digno de discos de platina e essas
mariquices todas. Se toda aquela malta que saiu do <i>Secret Story</i> canta, então eu também canto! Esta semana ouvi o mais recente êxito do <i>Rúben</i> e da <i>Tatiana</i>, e só vos tenho a dizer que acabei a sangrar dos ouvidos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Às
vezes pergunto-me: que mal fiz eu ao mundo para ser exposta a este
género de musicalidade suicida? E que raio de letra foram eles arranjar
para aquela canção? <i>Tu és um lobo mau-au-au-au-au-au…</i> – das duas, uma: ou a pessoa que escreveu isto é gaga (e não me refiro à <i>Lady Gaga</i>),
ou então sofre de um grave distúrbio mental. Isto não é música de gente
normal. (Olha, rimou! Vou parar o texto por aqui, para ficarem com a
ideia de que sou uma pessoa inteligente.)</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-7367648592230084802013-07-11T22:21:00.000+01:002014-06-25T14:25:03.784+01:00O Portas deixou um panfleto no presépio<div style="text-align: justify;">
Podem parar com esses trocadilhos
que envolvem portas? Sim, já todos percebemos que se divertiram imenso a
estabelecer uma analogia entre o sobrenome do político Paulo e o objeto: porta.
(Um artefacto que nos possibilita o acesso às mais diversas divisões.) Agora
podem parar com isso? Sim? Vá, lindos meninos. A próxima pessoa que disser que
“o Portas bateu com a porta”, passará a ser olhada como o judeu na minha cadeia
alimentar. Isto assumindo que sou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">nazi</i>
e possuo um bigode ridiculamente estúpido. Estúpido mas – calma! – que mete
respeitinho, sim?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E, já que estamos em ambiente
político, podem parar com essa coisa do presépio? Ai, que lindo, o Gaspar saiu.
(Ui, o Rei Mago Gaspar.) A Maria entrou. (Ai, a Virgem Santíssima de nome
Maria.) Muito bonito. Sim, sim, sim. Mas parem com isso. A sério. É parvo. A
vossa catequista estará, com certeza, muito orgulhosa por saber que ainda se
lembram das aulinhas da catequese. Os vossos pecados foram perdoados. Estão
livres de ir à missa durante as próximas quatro semanas. Blá blá blá. Estou
muito feliz por vocês. Mas agora parem. A sério – acabou. Dou uma paulada nas
rótulas da próxima pessoa que fizer analogias entre os Ministros das Finanças e
as figuras do presépio. E, acreditem em mim quando vos digo: uma paulada nas
rótulas aleija. Tá?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Agora que já resolvemos as
coisas, preciso de opiniões. Hoje de manhã apareceu-me um panfleto no carro que
dizia: “Perca peso: saiba como!” E a questão que vos coloco é: não é um bocado
indelicado estarem agora a chamar-me de gorda? É pá, isto mexe com a autoestima
das pessoas. E depois surge a questão. Como é que eles sabem? Quem é que me
anda a vigiar, para se achar no direito de tecer considerações sobre o meu
estado físico? Aposto que são aqueles chatos do Centro de Saúde, que há anos
que andam a tentar convencer-me a assinar um cartão qualquer, cuja assinatura
traz um médico de cinquenta e poucos anos como brinde. Não me levem a mal, mas
um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ovo Kinder</i> sai bem mais barato e
os brindes não vêm sem dentes e enrugados como aquele cão do anúncio do papel
higiénico. (Sim, porque todos os médicos de família são razoavelmente
desdentados e… as semelhanças ao cão do anúncio do papel higiénico são
evidentes, convenhamos.)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há dias apareceu-me no carro a
publicidade da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Revista Maria</i>. E esta
revista é, realmente, algo que me intriga. Porquê Maria? Porque não Joana? <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Revista Joana</i>. Soa-me chique. Pensem lá
nisso. E, jovens que colocam papéis aos molhes nos carros das pessoas: da
próxima vez que me quiserem chamar de gorda, chamem com jeitinho. Também tenho
sentimentos, pá. (Se o meu Centro de Saúde me estiver a ler, queria só deixar
presente que continuo a não querer aderir ao vosso cartão. Vá, adeus.)</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-61781151553913095682013-07-05T10:00:00.000+01:002014-06-25T14:25:20.242+01:00A minha irmã comeu a última bolacha Oreo<div style="text-align: justify;">
Após duas semanas da minha
ausência, cá me apresento, confiante de que ainda são dotados do conhecimento
de que o meu sobrenome se escreve com <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ch</i>
e não com <i style="mso-bidi-font-style: normal;">x</i>. Não: não faleci, não
emigrei e também não entrei numa depressão após ter descoberto que a minha irmã
comeu a última bolacha <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Oreo</i>.
Estabeleci – sim – uma relação conjugal de curta duração que, como diria a
minha avó: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">louvado seja nosso senhor
Jesus Cristo</i>, chegou ao fim. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A minha mãe sempre me disse:
“Filha, tu tem cuidado com quem te metes. Há muito bandido por aí!” Mas nunca
(nem uma única vez) fui avisada relativamente a livros de Matemática e manuais
de Geologia com índices potencialmente violadores. Malandros! Não é o género de
coisa que se deseje aos nossos descendentes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ponhamo-lo desta forma: digamos
que fui brutalmente violada por um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">gang</i>
de funções trigonométricas e rochas metamórficas. Mas, calma, já denunciei a
ocorrência às autoridades e está tudo bem. Um ano de visitas semanais ao
psicólogo, e fica resolvido o assunto. Ou assim espero.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Suponho que tenham ouvido falar
na greve dos professores, certo? Ora, que pergunta parva. Quem é que não ouviu?
A questão é: podem chamar-lhe de muita coisa mas, para mim, isto não foi mais
que uma birrinha para não irem à escola. Tal como há a criançada que diz que
está doente só para não ir à escola, há os professores que criam greves. Quase
aposto que, grande parte dos professores que fizeram greve, foram – em tempos –
daquelas crianças que inventavam febres, varicelas, gripes e pés de atleta,
para faltarem às aulas. Não me venham com histórias.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E depois ainda temos os
estudantes indignados:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">– Ai! Ui! Não fiz o exame de Português porque os professores fizeram greve.
Sinto-me injustiçado. O deles foi mais fácil, não é justo. Vou dizer à mamã! E
ao papá! E ao padre da Freguesia!</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Jovens: ontem fui almoçar ao
mesmo restaurante que o meu vizinho, e tenho quase a certeza que o frango que
ele comeu estava mais bem cozinhado que o meu. Até as batatas tinham outro
aspeto! E, pronto, se calhar até estava. Possivelmente, a malta que pediu
frango na hora seguinte ainda teve direito a um frango melhor. Mas vamos armar
uma escandaleira por causa do frango? Está claro que não, jovens. Está claro
que não. Portanto: contentem-se com o vosso frango mais bem passado, e deixem
em paz os que já comeram o frango deles, que os coitados estão na digestão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em tom de despedida, queria
mandar um beijinho para a minha tia, que me lê na Venezuela e… Mas eu estou a
tentar enganar quem? Não tenho nenhuma tia na Venezuela. (Nem nenhuma tia que
me leia, esperemos.) Bom… e, já que não tenho nenhuma tia emigrante a quem
mandar beijinhos, cumprimento elegantemente a pessoa que me lê. Ora então:
tenha um bom dia, caro leitor!</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-66334031139020183172013-06-14T20:51:00.000+01:002014-06-25T14:25:34.010+01:00A terceira idade precoce e o part-time no McDonald’s <div style="text-align: justify;">
Cheguei àquele momento deprimente da
minha vida em que me apercebo que a terceira idade se aproxima. Podem
dizer o que quiserem, mas não me venham com a conversa de que o facto de
eu sair sempre do banho com os dedos enrugados é mera coincidência. Se
isto não é um argumento a favor da minha teoria do envelhecimento, então
o que é? Mas isto até nem é o mais grave. Dedos enrugados? Nada que um <i>lifting</i>
não resolva. Se bem que a ideia de realizar uma operação cirúrgica
depois de cada banho não me soa economicamente rentável, mas suponho
que, se arranjar um trabalho em <i>part-time</i> no <i>McDonald’s</i>, consigo cobrir as despesas extra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O verdadeiro momento em que nos
apercebemos do nosso envelhecimento… é quando já não temos de mentir,
quando a internet nos pede para certificarmos que temos mais de 18 anos,
para podermos entrar num dado <i>site</i>. Todos nos sentimos rebeldes,
quando transgredimos as regras cibernéticas – portanto esta coisa de
afinal já ser verdade, é uma chatice, porque impede a nossa necessidade
de manifestar rebeldia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas: calma! Podem sempre mentir
relativamente a terem lido as condições de utilização. Sim, porque todo o
ser humano (possuidor de um elemento raro da atmosfera terreste
designado de: vida) tem mais que faça do que ler páginas e páginas
repletas de letras minúsculas que não nos dizem rigorosamente nada de
novo nem cultivam o nosso saber intelectual.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aliás: quem é o indivíduo que escreve
aquela conversa toda? Claramente alguém que sofre de miopia (tendo em
consideração o tamanho microscópico das letras) e que não tem nada de
melhor para fazer. No entanto, isso não é desculpa! Eu também sofro de
miopia, e não me veem aqui a escrever cinco mil quatrocentas e noventa e
sete páginas de condições de utilização, só para chatear as pessoas e
obrigar as mesmas a infringirem um mandamento qualquer da Lei de Deus,
não é?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quanto aos restantes sintomas de
velhice, a culpa é dos meus pais, porque não tiveram uma descendente
normal. E damos o caso por encerrado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora, retiro-me. As leis da
termodinâmica e o cálculo de limites notáveis aguardam-me. E, já agora:
querido exame, se eu tenho uma nota não-aceitável, mato-te a ti e à tua
família (sim, o cão também). E ainda te furo os pneus do carro. Só por
causa das coisas. Portanto: pensa nisso. Não te queiras meter comigo… eu
conheço pessoas. <i>Cof cof.</i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-82926351658459944062013-06-06T22:38:00.002+01:002014-06-25T14:25:46.613+01:00Época da caça à gorda<div style="text-align: justify;">
Porque é que toda a gente subitamente se lembra da existência de <i>promenades</i> nesta altura do ano? Tudo bem: acho ótimo que frequentem as <i>promenades</i>.
Nada contra. Mas a questão aqui é: elas estiveram lá o ano todo – que
raio de pessoas são vocês, que só agora se lembraram delas? Ontem, ao
final da tarde, mal se conseguiam ver os semáforos, tantas eram as
gordas a circular pelas passadeiras. E isto, claro está, afeta o tráfego
automóvel. Não é bom para o planeta haverem tantas gordas a passear as
banhas à mesma hora, e no mesmo sítio. É daquelas coisas que afeta o
aquecimento global e provoca as chuvas ácidas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas este é um fenómeno que ocorre a
nível mundial. Aliás, se muita mais gente se apercebe disto, abrem uma
época da caça à gorda, tal é a afluência desta espécie em regiões
específicas do planeta (leia-se: <i>promenades</i>). E, aparentemente, gorda que é gorda, usa <i>leggings</i>
floridos para correr, consequentemente cegando todo o universo em seu
redor, com uma visão absolutamente aterrorizante, traumática e causadora
de profundas perturbações psicológicas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gosto particularmente de ver aquela malta que vai correr para a <i>promenade</i> e, após vinte minutos, se senta numa esplanada e pede um crepe com <i>nutella</i> e uma <i>coca-cola</i> com gelo, como recompensa pelo seu esforço durante, precisamente, mil e duzentos segundos consecutivos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>– É pá, sou mesmo bom! Perdi 50
calorias a correr durante vinte minutos, e depois, para celebrar, fui
consumir 600 calorias na esplanada. Já me sinto mais magro!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só para esclarecer: sim, acabo de descrever pormenorizadamente, e com elevado rigor científico, as minhas idas esporádicas à <i>promenade</i>. Não me julguem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, falando agora com alguma seriedade:
será que as gordas só se lembram que estão gordas pela altura do verão?
É que, ou muito me engano, ou as banhas – durante o resto do ano –
continuam lá. Como é possível não terem reparado? Que não tenham
reparado naquela borbulha que vos apareceu na bochecha esquerda, eu
entendo. Mas como é possível não repararem em algo que vos impede de
observar os vossos próprios dedos dos pés? Algo aqui está muito mal,
caras amigas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E ainda há aqui mais uma situação que me
aflige. O que é que a mãe de uma gorda lhe responde, quando esta
pergunta se é bonita? É que o típico “o importante é ter saúde” nem se
pode aplicar nesta situação, devido ao colesterol e à glicémia, e a tudo
o resto. Que aborrecimento. Mas, vá, agora vou para a rua correr um
bocado… porque acho que a carrinha dos gelados já vai ao fundo da rua e
tenho de me apressar para conseguir apanhá-la.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já agora: acho que perdi o meu <i>iPhone 5 </i>em lugar indeterminado. Se alguém encontrar um<i> </i>com uma maçã meia comida na parte de trás, é meu.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-31621265382381237242013-06-02T21:16:00.001+01:002014-06-25T14:25:58.684+01:00Bóbi, busca!<div style="text-align: justify;">
Sempre nutri uma grande admiração por
aqueles donos que conseguem ensinar os cães a irem buscar coisas que
eles próprios (os donos) atiram. Uma vez tentei ensinar o meu cão a
fazer o mesmo, mas a coisa não correu bem. Felizmente ou infelizmente, a
criatura tem um feitio que é tal e qual o meu:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>– O quê?! Ir buscar coisas que foste
TU a atirar? Não vás lá, para quê! Ai a minha vida! Levanta mas é o rabo
do sofá, ó gordo! Faz-te à vida!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu até percebo o ponto de vista do meu
cão; sim, porque – se eu estivesse na sua posição – também não ia. Era o
que mais faltava. Não foste tu que atiraste a bola? Pois. Então vai lá
buscar!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A sociedade contemporânea olha para os
cães como os nossos antepassados olhavam para o comércio de escravos
africanos. De uma forma, até, um tanto sádica. Não há nada de inocente
no ato de atirar uma bola para muito longe, com o intuito de
posteriormente obrigarmos um outro alguém a ir buscá-la por nós. E o
mais grave é que as pessoas encaram esta atividade como um momento de
divertimento familiar; é daquelas coisas que entra naqueles grandes
álbuns de família, que as nossas tias nos mostram de cada vez que vamos
lá a casa almoçar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Voltando à analogia do comércio de
escravos, vejamos o lado positivo: ao menos os cães entram nos álbuns de
fotografias, não é? Já os escravos africanos… pois. Ora então não se
queixem, cães! Ao menos são escravos com privilégios. E, com sorte, o
vosso dono até vos oferece biscoitos. Qual é o escravo africano que se
pode orgulhar de já ter recebido um biscoito, e de o terem chamado de
“lindo menino”?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outra coisa que nunca entendi nos cães, é
a forma como marcam o território. Sim, eu entendo que queiram mostrar a
toda a gente que determinado sítio lhes pertence, mas porquê aquele
típico ritual: cheirar, levantar a pata, fazer chichi, cheirar de novo e
ir embora? Porque não: espalhar migalhas de pão pelo sítio a marcar, ao
estilo de <i>Hansel e Gretel</i>? Ou deixar lá uma bandeirola branca,
como fazem aqueles alpinistas que sobem a montanhas muito altas? Sempre
era mais higiénico. Fica aqui a sugestão, ao universo canino que me lê.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então e aquelas pessoas que compram
roupa para os cães e andam com eles pela rua como se estivessem a
desfilar num cortejo alegórico? Ainda há dias me deparei com um <i>Chihuahua</i>
que empregava um vestido cor-de-rosa com folhos. Se se tratasse de um
individuo do sexo feminino: tudo bem. Se bem que continuava a ser
trágico e simplesmente errado. Mas o animal tinha pilinha! Isto é um
atentado à sexualidade daquele cão. Que fêmea é que quer praticar
rituais de acasalamento com um macho de vestido cor-de-rosa? Nenhuma <i>Chihuahua</i>-fêmea está disposta a estabelecer matrimónio com um <i>Chihuahua</i>-bicha para, anos depois, o apanhar na cama com outro <i>Chihuahua</i>-bicha com um laço amarelo nas orelhas. E é assim que surgem as <i>chihuahuódepressões</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Trágico: deveras trágico.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-12215787711334764442013-05-24T17:04:00.002+01:002014-06-25T14:26:10.488+01:00Uma girafa de madeira roubou-me as meias<div style="text-align: justify;">
O que fazer quando estamos a ser
perseguidos por um preto (perdão: indivíduo de raça negra) que nos tenta
convencer, incansavelmente, a comprar óculos de sol e girafas
esculpidas em madeira? Ora, em primeiro lugar: com que propósito iria eu
comprar uma girafa de madeira? Pergunto-me se haverá realmente alguém a
comprar aquilo. É um assunto que me intriga. Qual será a finalidade de
uma girafa esculpida em madeira nos arredores de Zimbabué? Se eu tivesse
uma girafa de estimação, suponho que poderia servir-lhe de, sei lá,
ornamento para a coleira ou, até, como peça de decoração de <i>habitat</i>. Mas aqui está o problema: é que eu não tenho girafas de estimação. O meu pai não deixa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aliás: o meu vizinho Alberto é o ser que
mais se aproxima da definição de girafa, tendo em consideração o
pescoço estupidamente grande que tem. Mas não me parece, de todo,
adequado, oferecer-lhe uma girafa de madeira. O senhor poderia levar a
mal. E, além do mais, ele nunca me ofereceu a mim uma joaninha esculpida
em madeira (tendo em conta que me chamo Joana, parece-me uma falha
tremenda da parte dele), porque é que eu haveria de lhe oferecer uma
girafa? Caro amigo: a vida não está fácil para ninguém. Se quer uma
girafa esculpida em madeira, então compre-a você!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois há aquele senhor que passa os
dias a vender meias na rua abaixo da minha escola. Não há um único dia
em que eu passe por ele e não o oiça a gritar: <i>Meias! Meias! Olha as meias! Três pares por cinco euros! </i>–
isto na altura até me pareceu um bom negócio, devo confessar. Era uma
profissão a que eu era capaz de me dedicar: à venda de meias. Acho que
tinha futuro. Quais são os pais que não sonham ver os filhos como
futuros vendedores e vendedoras de meias?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O meu interesse por esta profissão
fez-me levar a cabo uma investigação aprofundada na área da compra e
venda de meias. Descobri, assim, que o senhor das meias vende marcas
chiquérrimas como a <i>Adido</i>, a <i>Niko</i>, a <i>Pumi</i> e a <i>Reeboka</i>. Quem nunca sonhou com umas meias da <i>Niko</i>?
Bem que me estavam a fazer falta umas, já que as minhas desaparecem
sempre misteriosamente durante a noite. Vou para a cama com elas? Sim.
Quando acordo elas ainda estão lá? Negativo. Será que a atração
gravítica da Terra faz com que as minhas meias desapareçam em regime
noturno, para os arredores galácticos, e orbitem em redor do planeta?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deixo-vos com essa reflexão. Agora
permitam-me que vá comer uma lata de leite condensado às colheradas.
Caso eu não regresse na semana que vem, é porque faleci devido à elevada
concentração de açúcar na minha corrente sanguínea.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-69063298690696371002013-05-16T23:11:00.000+01:002014-06-25T14:26:35.065+01:00É o costume, menina?<div style="text-align: justify;">
Sou uma pessoa de rotinas: vou sempre ao
mesmo café, peço sempre a mesma coisa e percorro sempre o mesmo
trajeto. Ah! Não é tão bom quando chegamos ao “nosso” café às oito e dez
da manhã e nos deparamos com um garoto escuro, uma queijada e uma
pastilha elástica <i>Gorila</i> em cima do balcão?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>– É o costume, menina?</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Subitamente, a minha ida ao café perde
toda a magia. Porquê? Porque tenho a clara sensação de que, se
contrariar a minha rotina, a senhora do café me vai julgar. Já
imaginaram a tragédia que seria pedir um pastel de nata em vez de uma
queijada? Ou uma pastilha elástica de morango em vez do habitual <i>Gorila</i>
de menta? Aposto que, passados vinte minutos, a senhora do café já me
teria arruinado por completo a reputação naquele estabelecimento. A
minha relação com os frequentadores habituais daquele espaço (leais aos
seus pedidos) nunca mais seria a mesma. Eu deixaria de ser respeitada.
Passaria a ocupar o último lugar da cadeia alimentar daquele reino.
Todos os animais me olhariam de lado. (Bem… chega de <i>Rei Leão</i> para ti, Joana<i>.</i>)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>– Ui, olha para aquela galdéria…
ouviste dizer que ela ontem de manhã pediu um pastel de nata? Foi a
Geraldina, a senhora da mesa catorze, que me contou. Mas quem é que a
porcalhona pensa que é? Traidora! Arruaceira! Herege!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta situação hipotética aflige-me
profundamente. Depois ainda há aqueles dias em que não vou ao café e em
que, no dia seguinte, sou confrontada com essa situação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>– Ah, bom dia, menina. Não a vi por aqui ontem… esteve doente?</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora, para além de ter de justificar as
faltas que por vezes dou, na escola, também tenho de justificar as
faltas que dou no café. Será que no meu café também têm um <i>Livro do Ponto</i>
onde assinalam as faltas dos clientes? E será que a única maneira de as
justificar também é com um atestado médico ou com uma declaração dos
pais, por escrito? E o limite de faltas, qual é? Qualquer dia, a senhora
do café liga aos meus pais e diz-lhes que fui banida daquele
estabelecimento, por excessividade de faltas. Ou então chama-me ao
gabinete do gerente, para me pôr a lavar pratos, de castigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que vale é que no meu café não mandam
trabalhos de casa e também não temos apresentações orais nem exames. Se
bem que, se o Crato se lembra de expandir as suas medidas ditatoriais na
Educação para a Restauração, estamos todos tramados. Passarão, assim, a
existir exames quinzenais que envolverão a degustação de empanadas e
identificação dos constituintes de um <i>Compal</i> manga-laranja embalado na freguesia de Linda-a-Velha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Senhoras e senhores, a isto chama-se: <i>coffeebullying</i>.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-82497418178666540252013-05-09T21:00:00.000+01:002014-06-25T14:26:57.011+01:00A origem da indústria pornográfica<div style="text-align: justify;">
Senhoras e senhores, hoje fez-se
história! Sim: este é o dia que será para sempre recordado como o dia em
que Joana Camacho descobriu a origem… das estrelas <i>porno</i>! Isso mesmo: o segredo foi desvendado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com certeza todos temos conhecimento
daquela espécie tenebrosa de pais que insiste em trocar a fralda às
crianças em todo o lado. Para eles, qualquer sítio é um potencial
fraldário: sejam cafés, parques, lojas, estacionamentos, praias, ou
centros comerciais. Ora, durante o meu <i>jogging</i> matinal de
domingo, no decorrer de uma curta paragem para um sumo de laranja
revigorante (ui, que estamos tão finas, menina Joana), fui confrontada
com uma criança de rabo ao léu a passear-se pela minha mesa (e
claramente a provocar-me, diria eu). O paraíso dos pedófilos, com
certeza – mas não o meu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quanto a vocês, não sei, mas, apreciar o
rabiosque de uma criança que se baba e usa chupeta, enquanto bebo o meu
sumo de laranja natural, não se veio a revelar a combinação mais
entusiasmante por mim já vivenciada. Toda a gente fala do rabinho dos
bebés. Ainda ontem alguém me dizia:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>– A tua bochecha é macia como o rabinho de um bebé. Mas que maravilha!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Peço imensa desculpa por não estar a
pular de alegria, mas a minha bochecha esquerda acaba de ser equiparada a
um rabo, permitam-me, por favor, que usufrua dos meus treze anos de
luto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>– Mas então onde é que entram as
estrelas porno no meio de tudo isto? Terá sido publicidade enganosa,
para nos levar a ler este texto, convencidos de que certos e
determinados temas seriam abordados?</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deixem-me que vos diga, caros leitores,
que, se fosse esse o caso, teria sido um golpe de génio. Mas, não: a
veracidade da frase introdutória deste texto é incontestável. Hoje vai –
senhoras e senhores – fazer-se história! Porque eu, Joana Camacho,
desvendei, por fim, o que centenas de investigadores tentam descobrir há
milhares e milhares de anos. [<i>suspense!</i>]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As estrelas <i>porno</i> provêm, nada
mais, nada menos, que destes seres, que veem seus traseiros exibidos ao
mundo durante o seu período de incontinência intestinal e estupidez
(efetivamente prolongada até à idade adulta).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Passo a explicar. Os pais das
criancinhas mudam-lhes as fraldas de qualquer modo e feitio; deixam as
criaturas correrem de um lado para o outro com o rabo de fora, enquanto
jovens, pedófilos e até alguns animais (efetivamente domesticados e
integrados na sociedade) as observam… claro que, o que se seguia, já era
de esperar. Se meio mundo já lhes viu o rabo na altura em que se
babavam e faziam chichi nas calças… porque não verem-lhes o rabo agora
que já aprenderam a controlar os intestinos e a assoarem o narizinho
sozinhos? É bem mais bonito de se ver.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E eis a história de como Erica Fontes se
dedicou à indústria pornográfica. A mamã mudou-lhe a fralda no parque
de estacionamento do <i>Colombo</i> e, a partir desse dia, a sua vida
nunca mais foi a mesma. E assim, crianças, nasceu a pornografia. Espero
que vocês – pais e mães dos arredores planetários – pensem, agora, duas
vezes, antes de converterem o mundo num gigante fraldário.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-48381600989499856442013-05-02T18:44:00.002+01:002014-06-25T14:27:11.513+01:00Pacotes de leite badochas e testemunhas de Jeová<div style="text-align: justify;">
Peço desculpa a todos pelo atraso, mas
pelo caminho cruzei-me com uma gorda e ainda fui intersetada por
testemunhas de Jeová, portanto: chegar aqui não se revelou tarefa fácil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, já que falei em gordas, permitam-me
que exponha aqui uma questão que creio que poderá, também, ser a dúvida
de muitos. Estava a examinar um pacote de leite <i>Mimosa</i>, quando
me deparei com esta irregularidade no verso da embalagem, onde se lia:
“leite meio gordo”. O que é que vem a ser isto?! Mas que tremenda falta
de consideração é esta? Ai, vamos chamar aos gordos de fortes,
gorduchinhos e cheiinhos, mas aos pacotes de leite… nada! Dos
sentimentos deles ninguém quer saber, não é? Chamemos-lhes de gordos,
badochas e anafados! E depois é o que se vê: pacotes de leite
anoréticos, bulímicos, e com graves distúrbios alimentares. Tudo isto
porque a sociedade não se lembra que aquele pacote de leite <i>Mimosa</i> também tem sentimentos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois queixam-se que o leite está
azedo. Pois claro! Se me chamassem a mim de “meia gorda”, também me
deixava de meiguices e azedava (leia-se: partia-vos o nariz sem qualquer
dó nem piedade)! Vocês declararam guerra aos pacotes de leite – agora
parece que vão ter de lidar com isso. Temos pena. (Ai temos?)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho que, por esta altura, todos
concordamos que é tempo de mudança; portanto, eu sugiro uma alteração no
fabrico futuro de pacotes de leite. Defendo a sinceridade acima de
tudo, portanto, ninguém pretende que lhes mintam e digam que são “leites
esbeltos e elegantes”. Mas vá… e que tal um “leite meio forte” ou um
“leite rechonchudo”? Sempre é mais simpático. E pronto. O meu serviço
público está feito – pensem lá nisso, fabricantes de pacotes de leite.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora uma outra questão: mas será – SERÁ
– que, sempre que estou com pressa, sou abordada por testemunhas de
Jeová? Nada contra essa gente, mas… e que tal se emigrassem para um
universo longínquo onde eu não tivesse de ser confrontada com a vossa
existência? Era um grande favor que me faziam.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>– A menina não gosta de ler? Não quer
uma revistinha para ler à noite? Olhe, tem aqui este livrinho que fala
sobre como Deus pôs os peixinhos a fazer glu glu e os coelhos a fazerem
cocós com formas cilíndricas, sim? Ah, e a menina ajuda quem precisa,
não é verdade? É uma boa menina… é, sim senhora.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Caríssimos(as): ide pregar aos peixes (e
aos coelhos) para o raio que vos parta! Mas será que não entendem que
as vossas revistinhas são sujeitas ao mesmo procedimento que os bombons
oferecidos por parte de estranhos? Agradecemos o facto de nos terem
oferecido a guloseima enquanto estes estão a olhar; mas, mal viramos a
esquina, vai parar ao primeiro caixote de lixo que nos aparece à frente!
Sois grandinhos(as) o suficiente para entender isto, não é verdade? É a
lei da vida, caros(as) amigos(as). Portanto, vá: estamos em crise.
Parem lá com isso de desperdiçar papel e – ainda por cima – fazer com
que eu chegue atrasada aos meus compromissos. A minha vida não é a
vossa!</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-67912441893202241452013-04-25T21:04:00.000+01:002014-06-25T14:27:21.242+01:00Desamparem-me a loja<div style="text-align: justify;">
Porque é que as pessoas dizem que se vão
embora e depois nunca vão? Acontece em todo o lado. É quando
encontramos conhecidos na rua, é nas redes sociais, é em conversas
instantâneas, ao telemóvel…</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Bem, se calhar o melhor é eu ir andando…</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Podem parar com isso. Todos sabemos que a
verdade é que nunca “vão andando”. Ainda ontem me cruzei com uma destas
criaturas que insiste em dizer que se vai embora, mas que – no entanto –
não fecha a matraca até nos contar a vida toda de trás para a frente e
da frente para trás. Repetia vezes e vezes sem conta a típica frase do
“bem, acho que vou andando”, quase como se estivesse a tentar
convencer-se a ela própria de que tinha de se ir embora. Às vezes penso…
será que esta confusão é oriunda de uma briga entre dois neurónios com
opiniões contrárias? Se calhar existe um neurónio responsável – o totó
que anda sempre com uma agenda atrás e está sempre lembrado dos
compromissos – e outro irresponsável – que é a favor da procrastinação e
que considera aquela conversa o expoente máximo de interesse.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho de voltar a referir as noivas em
dia de matrimónio. Pensem comigo: será que elas se atrasam porque
encontram sempre alguém pelo caminho que insiste em dizer que se vai
embora e depois nunca vai?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E depois temos as tão célebres despedidas telefónicas entre casais:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Ai, desliga tu.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Não, não… desliga tu.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Mas ontem fui eu, hoje tens que ser tu.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Ontem desliguei eu… por isso desliga tu!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Não desligo… desliga tu.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Desliga lá!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Desligamos ao mesmo tempo?</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Está bem. Um… dois… três!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Oh! Não desligaste.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Tu também não! Hihihi.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alguém que dê um tabefe nestes dois
indivíduos. Com particular violência e agressividade, por favor. E, já
agora, digam-lhes que foi da minha parte, e que mando os meus
cumprimentos à família.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há, contudo, algumas pessoas que dizem
que se vão embora, e realmente vão. São raros os casos, mas há alguns
registos históricos de tais acontecimentos. Vejamos, por exemplo, <a href="http://www.youtube.com/watch?v=uM1VMdey_iY" target="_blank" title="Dias Ferreira">o caso de Dias Ferreira</a>. Poucas são as pessoas que não ficaram a tomar conhecimento de que Dias Ferreira não gosta de Paulo Garcia, o moderador do <i>Dia Seguinte</i>, programa da <i>SIC Notícias</i>.
E porquê? Porque Dias Ferreira fez beicinho e decidiu que não queria
olhar para o moderador, porque não gostava dele. Ora, tal e qual
crianças do infantário, Paulinho foi amuar para o canto da sala, e disse
que também não gostava do Diazinho porque ele era feio. O menino Dias
não gostou, e disse que ele e Paulinho a partir daquele momento nunca
mais poderiam brincar aos <i>cowboys</i> juntos. E assim foi. Ora aqui
está um exemplo que todos deveríamos seguir. Quando Dias Ferreira diz
que não gosta de Paulo Garcia, não olha para ele, e que se vai embora:
vai mesmo! Portanto aprendam com Dias Ferreira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora deixo-vos, na esperança de que me
desamparem a loja de cada vez que afirmam que se vão embora. E, sim:
vou-me mesmo embora. Não porque não gosto de vocês, mas porque
já se faz tarde e amanhã é dia de ir à missa. (Não é?)</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-34761615531933587042013-04-19T23:02:00.002+01:002014-06-25T14:27:31.741+01:00Sou o noivo do Dr. Clementino<div style="text-align: justify;">
As caras desesperadas. As revistas de há
dois anos. O corredor mal iluminado. Os quadros semiurbanos… Sim, isto
até podia ser uma música do Pedro Abrunhosa, mas para isso eu precisava
de uns óculos de sol, não é? Eu podia simplesmente ir buscá-los e criar
aqui um ambiente musical consideravelmente entretido, mas não me parece
adequado deixar o leitor à espera. Portanto: deixemos o meu momento de
glória musical para outra altura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Coloco-vos agora uma questão, que é a
seguinte: quando é que os médicos estabeleceram esta estranha analogia
com a espécie feminina em dia de matrimónio?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A típica história da noiva que chega
atrasada? Dessa já tinha ouvido falar, tudo bem. Mas tendo em conta que,
quando (e se) me casar, desempenharei o papel de noiva – e não de noivo
–, estamos bem (supõe-se que não terei de esperar por seja quem for).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A minha dúvida é: mas por acaso eu e o
meu médico estabelecemos alguma relação de matrimónio em que concordámos
que eu desempenharia o papel de noivo? Acho que há aqui uma clara
confusão. É que eu, legalmente, nem tenho idade para casar! (E quando
casar, espero que não me levem a mal, gostaria de ser a noiva – e não o
noivo.) Eu até poderia pôr a hipótese de o ter feito, sei lá, em <i>Las Vegas</i>…
segundo as estatísticas, realiza-se um casamento de cinco em cinco
minutos. Mas não me parece. Os meus pais nem me deixam ir ao
supermercado comprar legumes sozinha (talvez porque confundo alfaces com
couves, e pepinos com <i>courgettes</i>); não me parece que me autorizassem a ir a <i>Las Vegas</i>
com o propósito de me casar com o meu médico de 52 anos, casado e com
duas filhas. Ou seja: agora levanta-se ainda mais uma questão que me
perturba o sono: serei eu a amante do meu médico de 52 anos?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Mas porquê esta teoria do matrimónio, Joana?</i>
– perguntar-me-á o estimado leitor. Ora, não sei se é só a mim que isto
acontece, mas não há uma única vez em que eu marque uma consulta e o
médico chegue a horas. Marquei consulta para as 15h? Muito bem: então,
se estiver num dia de sorte, pode ser que às 17h já tenha sido atendida.
Por alguma razão, sinto que sou o noivo neste estranho relacionamento.
Não admira que me divorcie, em média, três vezes por ano! É de tremendo
mau gosto deixar-me à espera durante tanto tempo – não se faz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como se já não bastasse ficar toda uma
tarde à espera da “noiva”, ainda tenho de o fazer num corredor mal
iluminado, com uma velhota ranhosa a tossir para cima de mim, e tendo
como entretenimento nada mais que revistas de há dois anos atrás (isto
para não mencionar aquele terrível “cheiro a hospital”). E depois
admiram-se com a taxa de divórcios em Portugal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aposto que se vocês – médicos e médicas
deste mundo – começassem a chegar a horas às consultas, veríamos a
percentagem de casamentos bem-sucedidos a sofrer um aumento abrupto. Vá,
seus coraçõezinhos de manteiga… vão lá estudar a molécula de
hemoglobina e deixem os casamentos em <i>Las Vegas</i> para quem tem
tempo para isso. (E ai de si, Dr. Clementino, se não chega a horas à
consulta que tenho marcada para amanhã à tarde. Sim: pode considerar
isto uma ameaça.)</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-67894967167720473022013-04-14T21:18:00.000+01:002014-06-25T14:27:41.424+01:00Espero que sejam literalmente engolidos por um hipopótamo<div style="text-align: justify;">
Podia falar-vos sobre como derivar uma
função logarítmica, ou até explicar-vos a nomenclatura dos alcanos, dos
alcenos e dos alcinos, mas não me sinto bem a massacrar-vos os
neurónios, nem vos desejo assim tanto mal (ai, que sou tão fofa).
Portanto hoje decidi falar: não de Matemática, não de Química, mas sim
de Português. Sim, sim: de Português.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Mas, ó Joana, disso já todos sabemos. Tenho o dobro da tua idade, minha menina! Sabes há quantos anos já falo português?!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pelos vistos não há anos suficientes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Considero particularmente trágico que
haja por aí gente a desconhecer por completo o significado da palavra
“literalmente” – algo “à letra”, que aconteceu na realidade. Eu sei que
estamos em crise (juro que é verdade: foi o senhor do telejornal da <i>SIC</i>
que me disse), mas tenho de solicitar aos
não-gramaticalmente-entendidos que, ao invés de adquirirem comida e
outras coisas que não cultivam em nada a inteligência, comprem, por sua
vez, um dicionário. De uma vez por todas: se dizem que “morreram
literalmente”, das duas, uma: ou a teoria de que os <i>zombies</i> vão
dominar a Terra está correta, ou então a vossa gramática é que anda toda
trocada. Eu aposto na segunda hipótese, apesar de a ideia dos <i>zombies</i> dominarem a Terra ser bem mais empolgante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje vou ensinar-vos uma palavra nova:
figurativamente. E cá têm mais uma: metaforicamente. Um piano pode
cair-vos metaforicamente em cima da cabeça. E figurativamente também.
Então e literalmente? Literalmente também pode… só que dói um bocadinho
mais. Aleija. Faz <i>dói-dói</i>. Estamos entendidos?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda ontem alguém me dizia: <i>caguei literalmente para ele</i>.
Não me levem a mal, mas eu li isto antes da hora de almoço. Como devem
imaginar, não é uma imagem bonita de se ter na cabeça minutos antes de
se ir comer puré de batata com carne moída. Na verdade, não é uma imagem
bonita de se ter na cabeça seja em que altura for. A todos os que
alguma vez me disseram isto: desejo que sejam literalmente engolidos por
um hipopótamo. E é só o que tenho a dizer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E ainda diz a minha professora de
Português que eu não entendo nada de gramática. Com certeza não andamos a
conviver com as mesmas pessoas. Os meus próprios pais padecem deste
défice linguístico! (A teoria da adoção faz cada vez mais sentido.)
Ainda no outro dia estavam eles a dizer aos amigos que <i>ah, e tal, a minha filha é literalmente uma terrorista</i>.
Ora cá está uma novidade. Sou uma terrorista! Bom, espero ser ao menos
uma daquelas terroristas como deve ser: que faz atentados e deita
prédios enormes abaixo, e tal. Será que já apareci na televisão? Oh! E
será que sou procurada internacionalmente pelas autoridades?! Deverei
estar preocupada? Bom… parece-me que a única solução é deixar de ir à
escola. É o mais seguro. (Não concordas, papá?)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pronto, era só isto. Agora parem lá com
isso. E é bom que estejam todos literalmente cheios de medo de serem
engolidos por um hipopótamo, caso vejam coisas literais onde elas não
existem. Até à próxima aula de Português. (Acho que sou capaz de ter
futuro para a coisa.)</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-74208710103609470602013-04-04T15:18:00.002+01:002014-06-25T14:28:04.131+01:00Apolinário usa cuecas da Calvin Klein<div style="text-align: justify;">
Há não muitos anos atrás, considerava-me rebelde quando ficava acordada até às onze da noite a ver o <i>Canal Panda</i> sem os meus pais saberem. Ou quando cortava o cabelo às minhas <i>Barbies</i>
e lhes arrancava membros (suspeito que há fortes probabilidades de eu
um dia vir a ser uma temível sociopata). No entanto, hoje em dia, estes
fatores já não contribuem para o meu estatuto de “pessoa razoavelmente
rebelde”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como boa profissional que sou, andei a
investigar esta questão da rebeldia nos jovens. Consultei a opinião de
vários psicólogos, e grande parte deles afirma que a rebeldia na
adolescência se deve a uma procura de uma espécie de espiritualidade
dentro deles – jovens. Posso não ser licenciada em Psicologia (louvado
seja Deus), mas a mim parece-me que a frase: “são rebeldes porque são
estúpidos” foi terrivelmente mal escrita por parte destes psicólogos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vejamos o exemplo prático de Apolinário,
um jovem alentejano de dezasseis anos. Apolinário foi nascido e criado
no seio de uma família com bons costumes. Ia à escola, praticava
desporto, ia à missa todos os domingos e era um miúdo bem-educado. Sabia
estar sentado à mesa e usar a faca e o garfo corretamente. Não
arrastava a cadeira quando se sentava, e pedia sempre licença para se
levantar. Mas houve um dia em que Apolinário deixou de ser o Apolinário
que a sua família até então conhecia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apolinário, a 18 de fevereiro de 2010,
saiu da escola ao final da tarde, e regressou a casa de autocarro, como
fazia sempre. No entanto, ao chegar junto de seus pais, era facilmente
observável que Apolinário não era o mesmo. Apolinário estava mudado.
Chegou a casa com todo um léxico desconhecido por parte dos restantes
familiares e proferia palavras que seus pais nem tinham a certeza de
serem aceites pela Bíblia ou pela comunidade cristã. As suas calças
novas da <i>Levis</i> tinham sido brutalmente rasgadas e o seu cinto tinha desaparecido, deixando-lhe os <i>boxers</i> cinza da <i>Calvin Klein </i>à
mostra. Os seus progenitores ainda ponderaram a hipótese de ter
ocorrido um assalto a caminho de casa, mas quando confrontaram
Apolinário com esta possibilidade, este apenas respondeu: <i>Yó, niggas, bazem. Yolo, swag e vida loka, bitches! </i>–
como se já não bastasse o facto de trazer as calças ao nível dos
joelhos e de se chamar Apolinário, o miúdo também falava como uma pessoa
possuidora de uma deficiência mental… pobre criança.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A verdade é que todos temos um
Apolinário dentro de nós (metaforicamente falando, claro). A única
diferença é que nós não usamos cuecas da <i>Calvin Klein</i>, que não há
dinheiro para isso. Mas, caros psicólogos, permitam-me que vos diga que
essa teoria da procura da espiritualidade faz tanto sentido como um
esquimó a escovar os dentes a um mamute enquanto este faz o pino e corta
as unhas dos pés (perdão: patas) ao som do mais recente álbum do Justin
Bieber.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, Joana Camacho também se inclui
neste fatídico grupo: “os adolescentes”. E Joana Camacho é igualmente
estúpida quanto qualquer um deles. Anda com as cuecas de fora, sim. Mas
exclusivamente porque não é particular apreciadora de cintos. Qualquer
semelhança com uma tentativa de rebeldia é mera coincidência.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-17136569684931476522013-03-29T17:42:00.000+00:002014-06-25T14:28:15.229+01:00Não nutro qualquer tipo de afeto pela minha primaDeduzo que por esta altura já
todos terão chegado à conclusão de que hoje vos vou falar sobre… a minha prima
– essa infame criatura. Toda a minha família é um caso curioso, mas a minha
prima ultrapassa de longe o limiar da curiosidade (e não o digo no sentido
apreciativo da coisa). O irónico é que… eu nem tenho primas. Imagino que agora
esteja razoavelmente baralhado. Adoraria poder reconfortá-lo e dizer-lhe que
vou resolver o seu problema – mas a verdade é que não vou. Lamento.<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de a minha árvore
genealógica me dizer claramente que não tenho primos, a Mãe Natureza insiste em
contrariar a genética e os dados científicos, e presenteou-me com uma tal de
Prima Vera. Por norma, eu ficaria extremamente feliz por ter um novo membro na
minha família, mas não é este o caso. É que esta tal de Vera que se afirma
minha prima – em primeiro grau e tudo, diz ela – não é flor que se cheire
(literalmente).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em primeiro lugar, anda
desaparecida durante nove meses, todos os anos. E depois só dá sinais de vida
nos restantes três – sempre na mesma altura. No primeiro ano em que isto
aconteceu, pensei que ela tivesse, finalmente, ganho algum juízo: talvez
tivesse encontrado o homem perfeito e resolvesse ter um filho. Quem sabe tinha
decidido passar aqueles nove meses de gestação num qualquer lugar longínquo e
paradisíaco. Pareceu-me compreensível na altura. Se bem que não lhe fazia mal
nenhum avisar os familiares. Afinal de contas… a Mãe Natureza criou-nos uma
relação fictícia de consanguinidade para alguma coisa, não é? Haja o mínimo de
respeitinho pela falsa consanguinidade que nos une, querida prima.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seja como for, até lhe tinha comprado
um babeiro engraçadíssimo, com a cara do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Pateta</i>
e tudo. Era uma fofura. Mas não é que a Vera regressa passados os nove meses,
sem homem perfeito, sem criança, e sem justificação alguma? E a coisa foi-se
repetindo: estava connosco três meses, depois desaparecia nos restantes nove. A
teoria da gravidez foi rapidamente excluída. Aliás, eu sempre soube que a minha
prima Vera era uma galdéria, mas não a esse ponto.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E como se isto já não bastasse,
de cada vez que nos presentava com a sua presença, trazia com ela gripes,
constipações, alergias e rinite alérgica. Que raio de prima é que nos oferece
muco como <i style="mso-bidi-font-style: normal;">souvenir</i>? Se eu estivesse
fora durante nove meses, oferecia à família, na pior das hipóteses, uma
daquelas camisolas que dizem: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">I love
[inserir aqui o nome de uma cidade qualquer]</i> e que se vendem a três euros
no aeroporto. Ou meias, sei lá. Toda a gente precisa de meias. Agora de ranho é
que não!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todos estes fatores fazem da Primavera
uma estação detestável. Com ela, vem o pólen das flores, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">spray</i> nasal e as despesas acumuladas em pacotes de lenços. Querida
prima: por favor dá ouvidos à genética e não voltes… </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
… a não ser que eu precise de um
rim e tu sejas compatível.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-44495742963514285362013-03-26T23:58:00.000+00:002014-06-25T14:28:28.620+01:00Um Toblerone fez de mim Sportinguista<div style="text-align: justify;">
Acordei com uma ideia
deslumbrante para aquele que seria o melhor texto de sempre… só que depois bati
com o joelho esquerdo na esquina da minha mesa-de-cabeceira e contribuí para o
aumento da taxa de emigração de ideias, em Portugal. Por essa mesma razão,
decidi falar-vos de futebol, já que sou uma entendida no assunto (este é aquele
momento em que se riem).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sendo filha de um homem que jogou
durante anos a fio no Nacional, é professor de Educação Física e é benfiquista
(pelo menos tudo indica que é mesmo ele o meu pai), o futebol é tema de ordem
cá por casa. Há determinadas premissas que nós – habitantes desta casa – temos
de respeitar, de modo a garantir a saúde, o bem-estar e a ausência de
avantajadas dores de cabeça por parte de todos os seres que coabitam debaixo
deste mesmo teto. É, por exemplo, de conhecimento geral, que aos fins-de-semana
o plasma da sala está reservado única e exclusivamente para fins
futebolísticos: primeiro há a Liga ZON Sagres, depois joga a 2ª Liga, segue-se
a Liga de Espanha, a Liga Inglesa, a Liga Italiana e, com sorte, ainda há
espaço para a Liga Alemã e para a Francesa. E ai de quem se atreva a sequer
estabelecer contacto visual com o comando, ousando, ainda que por breves
instantes, ponderar a hipótese de mudar de canal. Quem quer ver televisão na
sala, vê <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sport TV</i> e não reclama.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que me confunde em toda esta
situação é o seguinte: imaginemos que um dado homem é do Benfica. São capazes
de me explicar o porquê de passar o fim-de-semana inteiro jogado no sofá,
abraçado a uma <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mini</i> e a um prato de
amendoins sem casca (ou de tremoços, vá), a ver todo e mais algum jogo de
futebol entre equipas que possuem nomes que, por vezes, são impossíveis de
pronunciar? Se é do Benfica, via só os jogos do Benfica. Mas não. Vocês –
homens – comem tudo o que vos aparece à frente! No sentido metafórico e
futebolístico, claro. Não desprezando os amendoins e os tremoços – aí podem
interpretar a frase no sentido literal da coisa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sou Sportinguista e apresento-me
como tal, é certo. Tomei a decisão de me tornar adepta do Sporting aos quatro
anos de idade. O meu pai queria que eu fosse do Benfica; já a minha mãe estava
mais inclinada para o Sporting. Porque é que ganhou a minha mãe? Simples:
porque o chocolate <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Toblerone</i> que ela
me ofereceu era bem maior do que aquele chupa-chupa de cinco cêntimos com que o
meu pai me tentou subornar. Pai, se me estás a ler, espero que tenhas aprendido
que com chupa-chupas de cinco cêntimos não vais lá.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Caras pessoas que me leem: caso, por alguma razão,
tencionem subornar a autora deste texto, permitam-me que vos deixe uma
sugestão… chocolates. Montes e montes deles.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-12543314937547914642013-02-13T15:00:00.000+00:002014-06-25T14:37:57.224+01:00És um pão integral. #1<div style="text-align: justify;">
É chegada a hora de inaugurar aqui no <i>Blog</i> a minha primeira rubrica. Que é o quê, exatamente? Bom, basicamente, invento uma coisa qualquer e mando mensagens a... gente. Para a estreia desta rubrica, enviei uma mensagem a 38 pessoas, todas do sexo masculino - no entanto, apenas 15 responderam. Interpelei-os a todos com a seguinte mensagem:<i> Oi [nome da pessoa]. Já te disse que és um pão?</i> - e, posteriormente, acrescentei que o referido pão era <i>daqueles bons, integrais, que fazem bem à saúde. Recomendado pelos especialistas! </i>- ao que eles responderam:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="http://www.record.xl.pt/storage/ng9139FEA8-D435-4BCC-A670-E574FFEF3609.jpg?type=big" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.record.xl.pt/storage/ng9139FEA8-D435-4BCC-A670-E574FFEF3609.jpg?type=big" height="150" width="200" /></a><b>António Raminhos</b>:<br />
De Mafra? Ou saloio? :D</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-_FCUtbWt0Vo/TaiCDKkZ0PI/AAAAAAAAAM4/rSg09UwSNZE/s1600/69308_1668596032698_1171230889_1862213_3374710_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-_FCUtbWt0Vo/TaiCDKkZ0PI/AAAAAAAAAM4/rSg09UwSNZE/s200/69308_1668596032698_1171230889_1862213_3374710_n.jpg" height="132" width="200" /></a></div>
<b>Hélio Arcanjo</b>:<br />
Hmmm deixa cá ver... Acho que não disseste. :)<br />
A menina é bem atrevida. :)<br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://mediaserver.rr.pt/RFM2010/MS-RFM-Estudio-08170159af_377x236.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://mediaserver.rr.pt/RFM2010/MS-RFM-Estudio-08170159af_377x236.jpg" height="125" width="200" /></a></div>
<b>Paulo Fragoso</b>:<br />
Obrigada pela simpatia... ;)<br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTlgLfrkfY3Jtx2-XTfxLhyphenhyphen0r1IbbNZkJvH78_oIYV7jFgi-wkzWeylkd-W0e7rVCYlyo9RKe_JZIpMmkW0uTQOdUBkXD8Rnfp-j3rkmOes8AL6kg6EtkxTCrZ47vUwQ34L_XxydLyhUY/s1600/cesar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTlgLfrkfY3Jtx2-XTfxLhyphenhyphen0r1IbbNZkJvH78_oIYV7jFgi-wkzWeylkd-W0e7rVCYlyo9RKe_JZIpMmkW0uTQOdUBkXD8Rnfp-j3rkmOes8AL6kg6EtkxTCrZ47vUwQ34L_XxydLyhUY/s200/cesar.jpg" height="133" width="200" /></a></div>
<b>César Mourão</b>:<br />
Ahahaha exacto... obrigado. Beijinhos.<br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sphotos-b.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/201392_219996718014073_2678859_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://sphotos-b.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/201392_219996718014073_2678859_o.jpg" height="150" width="200" /></a></div>
<b>Bruno Ferreira</b>:<br />
Ahaha! Obrigado. :)<br />
Ena pá! Isso é uma refeição inteira de elogios! Ahaha.<br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7p91-VKURaUZkLTK1eB9wDU6Oyh1UYFwv6Cag9BKdiXacUbTXc70RHMADjCU0iFiLWbBEC1AYjxzXiVmHHAtPHECfE9Awzfgwxnij5aWG8CA_sDqQAheq3R4b5NzdunaizPUzlnJmeKQ/s1600/Joao-Chaves.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7p91-VKURaUZkLTK1eB9wDU6Oyh1UYFwv6Cag9BKdiXacUbTXc70RHMADjCU0iFiLWbBEC1AYjxzXiVmHHAtPHECfE9Awzfgwxnij5aWG8CA_sDqQAheq3R4b5NzdunaizPUzlnJmeKQ/s200/Joao-Chaves.jpg" height="130" width="200" /></a></div>
<b>João Chaves</b>:<br />
Ainda não disseste.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sphotos-g.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-prn1/46153_474865615903480_2017515205_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://sphotos-g.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-prn1/46153_474865615903480_2017515205_n.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>SakE</b>:<br />
Lol true. Sou uma baguete.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://db2.stb.s-msn.com/i/36/199E8A2FBF334FC068D6A5FFBE9E94_h467_w598_m2_q90_coQGFOHPh.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" height="149" src="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQKvPYHdDk1g-zl8DNjqS6KrKzXprdBUaAnS2IvokVq4ijnhSRu8g" width="200" /></a></div>
<b>Nuno Markl</b>:<br />
Ah ah ah! Fico contente, eu tenho-me em conta de carcaça ou papo-seco. Beijos e obrigado!<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizIqVqg1THvoX5HzasM4t3UaPyRE5rPVK4ttcIyvNP9iHGeTWPNdZ499QFXXDSfcJaooAii8yoGCK1ATl3sLn79fd3i5Ql6vxYAvMrf4dclDvkPRIlsuBhXtx406ulcgx3vd6gQJXdgV0e/s1600/PF.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizIqVqg1THvoX5HzasM4t3UaPyRE5rPVK4ttcIyvNP9iHGeTWPNdZ499QFXXDSfcJaooAii8yoGCK1ATl3sLn79fd3i5Ql6vxYAvMrf4dclDvkPRIlsuBhXtx406ulcgx3vd6gQJXdgV0e/s200/PF.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>Pedro Fernandes</b>:<br />
Lol beijinhos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sphotos-f.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/246441_10151189951437591_244065732_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://sphotos-f.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/246441_10151189951437591_244065732_n.jpg" height="200" width="196" /></a></div>
<b>Carlos Moura</b>:<br />
?<br />
A gente conhece-se?<br />
<br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio0uWsk1pjssvdmQxSDirK9IoxvQbvIMzLfeSnlx_4lP7xIXCIGKtAQXR2VgWITdxgXfL7ytjy2D4b0yACFSPDgY-vhz8oVwkmlUiI7MZA4pN8kAt0-rvz_-q20LT7YW79RqzxSpc41lc/s1600/3EEEEE.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio0uWsk1pjssvdmQxSDirK9IoxvQbvIMzLfeSnlx_4lP7xIXCIGKtAQXR2VgWITdxgXfL7ytjy2D4b0yACFSPDgY-vhz8oVwkmlUiI7MZA4pN8kAt0-rvz_-q20LT7YW79RqzxSpc41lc/s200/3EEEEE.jpg" height="132" width="200" /></a></div>
<b>João Manzarra</b>:<br />
Então nesse caso reajo com alegria!<br />
Beijinho. :)<br />
<br />
<br />
<br />
<b style="text-align: center;"><br /></b>
<b style="text-align: center;"><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.dn.pt/storage/DN/2013/big/ng2331482.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.dn.pt/storage/DN/2013/big/ng2331482.gif" height="103" width="200" /></a></div>
<b style="text-align: center;">Luís Filipe Borges</b><span style="text-align: center;">: </span><br />
<span style="text-align: center;">Ahahahahah, mais pão de Mafra, parece-me. Beijinhos. ;)</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://caras.sapo.pt/incoming/2012/02/22/rui-pego.jpg1/ALTERNATES/w620h395/Rui+P%C3%AAgo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://caras.sapo.pt/incoming/2012/02/22/rui-pego.jpg1/ALTERNATES/w620h395/Rui+P%C3%AAgo.jpg" height="126" width="200" /></a></div>
<b style="text-align: center;">Rui Pêgo</b><span style="text-align: center;">: </span><br />
<span style="text-align: center;">Hahahahahhahaha. Ok.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.atelevisao.com/wp-content/uploads/2011/09/Pedro-Granger-2011.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.atelevisao.com/wp-content/uploads/2011/09/Pedro-Granger-2011.jpg" height="128" width="200" /></a></div>
<b style="text-align: center;">Pedro Granger</b><span style="text-align: center;">: </span><br />
<span style="text-align: center;">Ahahahhaahha.</span><br />
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"></span><br />
<span style="text-align: center;"></span><br />
<span style="text-align: center;"></span><br />
<span style="text-align: center;"></span><br />
<span style="text-align: center;"></span><br />
<span style="text-align: center;"></span><br />
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"> </span><br />
<br />
<span style="text-align: center;">E é isto. Só porque tenho imenso tempo livre e gosto de aborrecer as pessoas. </span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-25945837452443518052013-02-04T16:20:00.000+00:002014-06-25T14:39:21.233+01:00A complexidade das revistas cor-de-rosa<span style="text-align: justify;">É de conhecimento geral que, para
qualquer mulher que se preze, é essencial ter uma panca por revistas
cor-de-rosa. Pois bem, não é esse o meu caso e, segundo consta, apresento todas
as caraterísticas típicas de uma </span><i style="text-align: justify;">Homo
Sapiens</i><span style="text-align: justify;"> do sexo feminino (só não sou uma mulher que se preze, é certo). Mas
vamos lá ver uma coisa: porquê ‘revistas cor-de-rosa’? Porque não revistas
azuis, verdes, violetas ou até mesmo com as cores da bandeira </span><i style="text-align: justify;">gay</i><span style="text-align: justify;">?</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Toda a ciência por detrás das
ditas revistas me intriga. Ainda hoje me dei ao trabalho de folhear uma e
deparei-me – espante-se o caro leitor – com duas páginas a relatar o facto de o
Ricky van Wolfswinkel (ponta de lança do Sporting) ter pisado dejetos de cão
aquando da sua saída de um restaurante. Em que mundo é que há alguma alminha
que demonstre qualquer tipo de interesse por este acontecimento? Se me
informassem a mim que tinha pisado caca de cão, isso sim seria de alguma
utilidade. Quero lá saber se esse indivíduo pisou dejetos de cão ou não. Querem
que lhe diga o quê? Olha, Ricky van Wolfswinkel, para a próxima tem mais
cuidado e olha por onde andas, que isto em Portugal é assim; encontras uma ‘surpresa’
dessas em cada esquina.<o:p></o:p></div>
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Outra notícia que me fascinou foi
a que dizia que ‘as britânicas querem um nariz igual ao de Kate Middleton’. Ao
longo de uma página explicava-se o porquê de o nariz da Kate ser ‘quase
perfeito’, do ponto de vista de cirurgiões plásticos e psicólogos, afirmando
que ‘o ângulo entre o lábio e a ponta do nariz e a quantidade mínima de narina
em exposição são quase perfeitos’. Isto é algo que, de facto, me aflige. Não
porque tenho um nariz que quase assume a forma de uma batata, ou porque
tenciono fazer uma rinoplastia tendo em vista o nariz da Kate, mas sim porque,
entre os dejetos no sapato do Wolfswinkel e o nariz perfeito da Kate, não sei
ao certo qual deles é o pior.<o:p></o:p></div>
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Depois há, ainda, aquela parte
que consta em toda e mais alguma revista cor-de-rosa: como seduzir um homem, à
custa de dicas como ‘sê assim, assado e cozido’. As dicas são sempre as mesmas;
no entanto há malta que compra a revista todas as semanas, na esperança de que comecem
a chover homens perfeitos e apaixonados do céu, suponho. Gosto particularmente
daquela que diz: ‘mexa no cabelo suavemente se gostar dele’ ou a do ‘faça-lhe
olhinhos, que ele não resiste’. Tenham juízo. Se não perdessem tanto tempo a
ler dicas sobre como seduzir homens, acredito solenemente que, por esta altura,
tivessem algo mais do que um monte de revistas da <i>Caras</i> empilhadas na vossa mesa-de-cabeceira. Aproveitem a dica, que
esta foi de borla.<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/17246214228977272410noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6780748851387907482.post-45635056077707534662013-01-23T22:35:00.000+00:002014-06-25T14:40:09.551+01:00A experiência traumática de andar num elevador<div style="text-align: justify;">
Não sei se é de mim, ou se o mundo está mesmo repleto de experiências traumáticas. Por exemplo... que porcaria é essa dos elevadores? Confesso, nunca sei como agir perante um elevador. E não, não é por ter claustrofobia ou uma daquelas doenças com nome esquisito que os psicólogos inventaram para ganhar dinheiro à custa de pessoas que acreditam na <i>Fada dos Dentes</i>. É psicológico, malta. É tudo psicológico. (Mas não me ponham aranhas, ratos ou baratas à frente, que eu grito!)</div>
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Os elevadores são uma cena... que a mim não me assiste. Ui, há tanto para falar, no que toca a elevadores. Ó pá, vão mesmo dizer-me que não é - no mínimo - constrangedor ir num elevador (com pouco mais de 1,50 metros quadrados) ao lado de perfeitos (ou não tão perfeitos quanto isso) desconhecidos? Tenham juízo! O que é que se faz num elevador? Qual é o procedimento social a seguir? O que dizer? O que não dizer? Apresento-vos a complexidade de uma viagem no elevador, caros leitores.</div>
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É de conhecimento geral que eu sou uma pessoa que ri por tudo e por nada. É um facto, não há como negá-lo. E o pior é que o estúpido do meu cérebro (seu cabrão!) acha divertido pôr-me a rir nas situações mais constrangedoras e em que, basicamente, não é suposto rir. Entendes, cérebro? Não é suposto, ó parvo! Haverá algo mais constrangedor do que ir num elevador, ao lado de pessoas que não se conhecem umas às outras - tudo em silêncio -, e, do nada, começar a rir-me sozinha? Pois. É por estas e por outras que há gente por aí a chamar-me de parva.</div>
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Outra coisa: porque é que, quando entramos num elevador, todos sentimos uma súbita necessidade de mandar mensagens, abrir e fechar aleatoriamente as mais variadas aplicações no telemóvel, marcar despertadores e, por fim, olhar para a agenda? Pois claro: porque ninguém sabe o que é que é suposto fazer num elevador. Depois há aquelas pessoas com ar esquisito que insistem em olhar-nos da cabeça aos pés, com aquele ar de <i>Lili Caneças</i> a comentar a vestimenta da malta famosa que vai aos eventos sociais das revistas e dos canais de televisão ou daquelas marcas importantes.</div>
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<i>- Ui... esta é cá uma galdéria!</i></div>
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<i>- Ai, credo. Esta deve ser uma sem abrigo, pobrezinha... está tão mal vestida!</i></div>
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<i>- Olha-me esta, com aquela malinha a pensar que é alguém. Com imitações da Louis Vuitton não vais lá, filha.</i></div>
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<i>- Esta parece que é filha do outro, que é sobrinho do marido da afilhada daquele médico muito conhecido... está tão mal conservada, meus Deus...</i></div>
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<i>- 'Ca nojo. Onde é que encontraste esses sapatos? No caixote do lixo, ó sua porca?</i></div>
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Sim, é isto que a malta pensa de nós. Isto e coisas piores. Só não vos digo quais, para não ferir susceptibilidades, causar traumas, e quebrar corações. (Preocupo-me tanto com os meus leitores.) Mas pior que tudo isto, só mesmo aqueles elevadores que têm música ambiente. Só por causa das coisas. Aposto que o cromo que inventou aquilo, fê-lo de propósito para nos dificultar ainda mais a vida. "Ah, vamos lá pôr música parva, mexicana, instrumental, e que não presta, nos elevadores, para deixar a malta ainda mais constrangida." O quê? Pôr música para gente normal? Não queremos cá disso! E há pessoal que não tem qualquer sentido de oportunidade. Que anormal é que tem a lata de entrar num elevador e pôr-se a assobiar ou a cantarolar a musiquinha que está a dar? Ó pá, parem lá com isso, por favor. Mas, agora a sério, pessoas que têm a mania de estabelecer conversações sobre o tempo, o Governo, o estado do país e sobre o quanto estão atrasados sabe-se lá para onde: ninguém quer saber. Convençam-se disso.</div>
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Como se já não bastasse, ainda há pessoas que entram no elevador e se entretêm a observar-se ao espelho, procurar coisas-que-jamais-são-encontradas-nos-subúrbios-da-mala até ao fim da viagem, pentear-se, ajeitar a camisa e endireitar a gravata... Quanto a mim, eu opto por olhar para o teto, controlar-me (inutilmente) para não rir à frente das pessoas, verificar se os atacadores dos meus sapatos estão em ordem, balançar nos meus próprios pés para a frente e para trás, bloquear e desbloquear o telemóvel vezes e vezes sem conta e... pronto. Resta-me rezar para que o elevador chegue depressa ao meu andar, para eu poder sair o mais rapidamente possível dali. É por estas e por outras que opto sempre pelas escadas, apesar de contribuir para uma respiração ofegante absolutamente desnecessária.<br />
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E quando nos enganamos no andar? Ui, que humilhação. Saímos do elevador, constatamos que aquelas paredes que nos rodeiam nos são desconhecidas, e voltamos rapidamente atrás afirmando que "afinal não era neste", acabando - nós - por sermos alvos de chacota durante o resto da viagem até ao andar pretendido. O incrível é que há sempre aquela pessoa que insiste em olhar fixamente para nós durante toda a viagem. Sempre com a mesma expressão séria. Nem mesmo quando olhamos para a pessoa, e constatamos que nos está a mirar fixamente, ela pára. Ora cá está um exemplo de uma viagem de elevador absolutamente arruinada.<br />
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Por favor digam-me que eu não sou a única anormal a ter traumas com elevadores e - particularmente - com pessoas que partilham o elevador comigo. Não sou, pois não? Pois não...?</div>
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