¡Hola! ¿Qué tal? Peço
desculpa se ao longo deste texto se depararem com termos espanhóis mas,
como boa portuguesa que sou, se vou uma semana de férias a um país em
que a língua é diferente, volto a falar de forma estranha. Após duas
semanas de merecido descanso, estou de volta, para importunar as vossas
segundas-feiras (que por si sós já eram más o suficiente). Espero que
ainda me reconheçam, apesar do bronzeado e do escaldão que apanhei na
cara. Para os que ainda estão com dúvidas: Joana Camacho, prazer!
Há
coisas que nunca hei-de compreender, nesta conversa das viagens. Por
exemplo, porque é que, quando saímos de casa, as coisas cabem todas na
mala e, quando voltamos, já não acontece o mesmo? Falo por mim; tive de
fazer inúmeras acrobacias em cima da minha mala, para conseguir que ela
fechasse. E, falando ainda de malas, alguém me pode explicar porque é
que, na altura de as receber, há sempre alguém que leva a minha mala por
engano, afirmando que “ah e tal a minha é igualzinha”? Depois lá tenho
eu de andar feita parva a correr pelo aeroporto, atrás do carrinho do
larápio que cometeu o delito.
E
os aviões? Há várias coisas para as quais não consigo encontrar
qualquer explicação. A primeira é: para quê todas aquelas instruções
sobre as saídas de emergência e o uso dos coletes e das máscaras de
oxigénio? Toda a gente sabe que, em caso de emergência, o comportamento a
adotar passa por gritar como uma menina e começar a correr. É tão
simples quanto isso. Não seria tão mais agradável ouvir as hospedeiras
de bordo a indicarem-nos esse procedimento? E poupava-se imenso tempo!
Noutros
assuntos: não sei se já passaram pela trágica experiência de comer
aquilo que servem no avião. A minha pergunta é relativamente simples.
Aquele pão com omelete tem quantas semanas? Deixo a pergunta no ar. E –
ainda falando de aviões – gostava mesmo muito de entender o porquê de
baterem palmas quando o avião aterra. É que até parece que não era
suposto!
–
Oh! E não é que afinal aterrámos em segurança? Eu teria ficado feliz se
nos tivéssemos despenhado quando passámos pela ilha de La Gomera, mas
pronto. Isto também foi bom. Não estava nada à espera, pá. Seu piloto
maroto!
Então?
Era suposto o piloto não conseguir aterrar o avião, é? Não entendo as
palmas. Quando andam de táxi, também batem palmas ao motorista? É que,
caso a resposta seja negativa, isto soa-me a discriminação. Queria aqui
deixar uma sugestão aos meus amigos do Bloco de Esquerda. Para quando
uma lei que obrigue esta malta, que bate palmas quando o avião aterra, a
bater palmas quando se deslocam num outro qualquer transporte público?
Parece-me uma medida urgente; fico a aguardar a implementação desta lei.
Agora sim, terminei. Venham daí essas palmas.
adorei, simplesmente adorei o texto e ri-me imenso
ResponderEliminarmalas, siim, não sei que magia negra acontece por lá mas fazer a mala para o regresso é sempre muito mais complicado
ahahah adorei a tua "indignação" com as palmas, muito bom. Acho que as pessoas batem palmas porque andar de aviao para muita gente é um suplicio e pensam sempre que se vão despenhar quando na verdade é dos transportes mais seguros do mundo
beijinhos
http://umacolherdearroz.blogspot.pt/